segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Aniversário de São Paulo (2) - Lobato e o Belenzinho

"Muitas vezes, acompanhados pelo Raul e o Artur Ramos, que logo começaram a aparecer em companhia do Ricardo, saíamos do Minarete à meia noite. Para alguma farra? Nunca. Para, do alto do Belenzinho, perto duma fábrica de vidro, vermos os efeitos do luar sobre o rio Tietê. Sem qualquer resolução pré-concebida, nada conversávamos sobre amores e nada sabíamos das pequeninas aventuras uns dos outros."

“O Largo do Rosário, assim chamado porque ficava ali a igreja do Rosário, traz hoje o nome de Praça Antonio Prado. São Paulo tinha naquele tempo uns 400 mil habitantes. O triângulo, formado pelas ruas 15 de novembro, Direita e São Bento, era a sala de visitas da cidade, e o Largo do Rosário, ponto de confluência da rua 15 com a de São Bento, constituía a capital do Triângulo. “Fazer o Triângulo”: expressão das mais comesinhas. Depois do jantar, toda gente ia fazer o Triângulo, e lá todo mundo encontrava todo mundo. O ponto de parada das rodinhas era o Largo do Rosário – as rodinhas literárias, as esportivas, as elegantes. O primeiro de nós que chegava, parava – era infalível.”


"Depois de reunidos, íamos para o Café Guarani, no começo da rua 15, e lá ficávamos até tarde, a bebericar “laranjinhas” (100 réis o cálice). No Guarani tínhamos a ‘nossa mesa’, a primeira da entrada, à direita."

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